sexta-feira, 5 de novembro de 2010

DIAMANTE
















Eu nunca mais a vi, desde que se foi, há alguns anos.
Mas na semana do aniversário de sua partida, este ano, ela me surpreendeu.
Foi numa noite comum, que se tornou especial depois da sua passagem.


Eu adormeci, mas logo acordei com dores na perna, talvez em função das muitas horas no computador, numa cadeira inadequada. O sono não voltou nem a dor passou e fui à procura de algum livro de anjos para ler.
Pedi inspiração aos anjos e aos poucos o sono foi chegando, manso e reparador.

Foi quando a vi, linda e brilhante em seu vestido de seda, com estampas em cores entre o marfim e o salmão, a blusa de lã leve e clara, completando o traje. Os cabelos muito brancos bem penteados tinham igual beleza. Ela estava feliz e sua luz era a de um anjo.


Transportou-me para uma casa grande, em estilo colonial, arejada, com grandes janelas abertas, onde havia muitas pessoas e, ao nosso lado, uma de suas filhas. Eu me admirei de ninguém estar notando devidamente sua presença ali, o que para mim era algo inusitado.
Em nossa conversa, comentei com ela sobre o incômodo na minha perna. Ela passou a mão no local, perguntando-me se doía. E se foi tão rapidamente como chegara.

Acordei atônita, querendo não me esquecer do encontro com ela. E pasma notei que minha perna não doía mais.

Num ato reflexo, peguei o livro dos anjos sobre a mesinha de cabeceira e abri aleatoriamente na página que dizia: “Sou um canal para a energia da cura do Universo. Eu permito que a energia de cura de minha Alma flua através de mim”.

Nós a chamávamos de Diamante e, como pedra preciosa, ela brilhou nas vidas pelas quais passou. Depois desse encontro, passei a crer que hoje ela tem o brilho dos anjos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário