segunda-feira, 20 de julho de 2009

SOBRE A "CASSAÇÃO" DO NOSSO DIPLOMA DE JORNALISTA


Há uma imensa diferença entre escrever bem e ser cronista de um jornal, por exemplo, ou ser técnico em uma área do saber e escrever sobre ela num jornal ou revista, e ter uma formação universitária que possibilite reconhecer o fato/noticia, ir atrás da informação, transformá-la em fato comprovado, decodificá-la em texto e, principalmente, ter a sensibilidade para comunicá-la de modo a identificar o leitor com o fato/noticia. Isso acontece sempre da melhor forma? Não sei... Provavelmente, não... Pois há jornalistas ruins, assim como há médicos ruins e cozinheiros de péssima categoria. Porém... Esse mundo e esse saber estão incorporados como profissão à vida de milhares de pessoas, milhares de profissionais que se empenham baseados em sua formação, em fazer o melhor, apesar de muito mal pagos para isso. E a maioria faz... No entanto, decidir que qualquer um, só porque sabe escrever, pode dominar esse processo todo sem ter formação alguma, no mundo da extrema especialização em que vivemos, é, no mínimo, ignorância. E me posiciono como quem está há quase trinta anos nessa área. Alio o bom texto, pois tenho esse dom – o de escrever bem, à intuição, à formação técnica (e formação não é informação apenas!), à experiência, e às aquisições culturais que todo jornalista soma em sua carreira. E quem pode me tirar isso? Quem pode anular o fato de ter sido formada em Jornalismo? Acredito que Tribunal algum... A História nos mostra que tribunais erram, mesmo quando unânimes... Mesmo os Supremos...